domingo, 18 de março de 2018

Minha coleção - parte I - O início

Resolvi falar um pouco da minha coleção de selos, como comecei, por onde ela andou, como retornou, qual o rumo que ela tomou e, imagino eu, qual o rumo que ela tomará daqui para frente.

Tudo começou no final de 1988, quando resolvi (não lembro bem por que, ou por quem fui influenciado) começar a colecionar selos. Lembro de meu pai me levar a um amigo dele (que colecionava selos) algum tempo depois e ele me dar umas dicas (como descolar os selos dos envelopes, como usar a lupa e a pinça (inclusive me deu uma pinça e um catálogo RHM de 1988, que tenho até hoje guardado).

Depois disso, comecei a pedir para parentes para separarem as cartas que recebiam com selos para mim, até chegar uma “coleção” (na verdade, um ajuntamento de selos em diversos envelopes), de algum parente distante, que veio por intermédio da minha avó. De uma hora para outra, minha coleção de selos saltou de algumas centenas para mais de 1.000 selos, de diversos países. Para um guri de 12/13 anos era um mundo de selos. Separa por países, por temas, por tipos (por tipos, na verdade, seria por tamanho: pequeno, médio, grande). Continuei comprando selos nos correios, pois mais um ano e, não lembro o motivo, no início dos anos 90 acabei deixando de lado a coleção, guardada dentro de uma caixa, embaixo da minha cama.


Na segunda metade dos anos 90 (1996 ou 1997, eu acho), por alguma curva do destino, achei minha caixa de selos e resolvi vender eles. Fazer um troco. Tinha quase 3.000 selos e imaginei que conseguiria pelo menos uns R$ 1.000,00, afinal, na minha cabeça, eu tinha até um selo de 1906 (um selo oficial do Afonso Pena, que deve valer centavos), e quase 3.000 selos, espalhados e distribuídos em dois classificadores e, “N” saquinhos.

Levei minha “coleção” para um comerciante em Porto Alegre. Ele olhou a caixa, deu um olhada rápida e me disse: ofereço R$ 40,00 por tudo. Espantado, argumentei que tinha mais de 3.000 selos ali, e inclusive tinha um de 1906 (perdido no meio de toda aquela bagunça, para ajudar). Lembro que fiquei meio ofendido com a resposta dele, de que o que tinha ali ele venderia em pacotinhos de 50 selos por R$ 2,00 ou R$ 3,00 (ou algo parecido). Agradeci a ele, peguei minha caixa e voltei para casa, puto da vida. Onde já se viu oferecer R$ 40,00 por tudo aquilo! Por tão pouco, vou deixar guardado.

Hoje, relembrando, percebo que na verdade eu não tinha uma coleção, eu tinha um ajuntamento de selos. E esse ajuntamento voltou para caixa, embaixo da minha cama. E ficou lá, mais alguns anos, até eu casar, em 2003.

Continua...
 

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